sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fé - acreditar no invisível.

Fé é acreditar no que ainda não se vê, mas sabendo ser o melhor para nós. Deus não nos pôs neste mundo para menos do que o melhor e quando algo não está aparentemente muito bom, é preciso manter a fé, acreditar de verdade de que tudo só está acontecendo para o nosso bem, que virá no momento certo, pois Deus nunca se atrasa.
Lembro de uma passagem que muito marcou minha vida. Isto aconteceu quando ainda não tinha lido o "Alegria e Triunfo", mas tinha ganho de presente de minhas consultoras o livro "A Profecia Celestina", na única festa supresa que onseguiram me fazer na vida. Bem, o livro, se bem me lembro, pois o emprestei e não recebi de volta, se baseia na verdade absoluta de que NADA ACONTECE POR ACASO e que cada pessoa que cruza o nosso caminho tem a resposta para uma de nossas questões internas e reciprocamente temos uma resposta para esta pessoa. É aquela sensação de dejà vu  que temos muitas vezes ao cruzar com uma pessoa em algum lugar. Nos dias de hoje, nos sentimos mal em parar para conversar e investigar o que aquela pessoa tem para nós. Mas pode apostar que tem. E, se procurar, vamos encontrar.
Minha história, foi do aniversário de uma de minhas sobrinhas, em Miguel Pereira. Eu estava numa fase financeira difícil, que não me permitia viagens. Bem, uma senhora entrou em contato com minha empresa, querendo cadastar-se como consultora, na mesma cidade. Resolvi unir o útil ao agradável, agendei com a senhora para antes do fim de semana, para que eu pudesse esticar para a festa, ajudando minha irmã nos preparativos e depois curtir um pouco com o Luiz, que adorava a casa de minha irmã e meu cunhado. Combinei com Bela que morava um pouco distante da cidade, na vedade, em Avelar, que iria ligar quando comprasse a passagem para Miguel Pereira e ela iria me buscar. Eu iria ligar para marcar com a futura consultora no dia em que lá estivesse. Fiz tudo como o combinado, liguei da rodoviária para a casa de minha irmã (telefone público, pois o mundo já existia quando não haviam celulares) e a empregada atendeu e disse que a minha irmã tivera de vir ao Rio e que dissera para eu esperá-la em casa que ia me dar uma carona. Bem, eu estava com as passagens na mão, nada tinha para fazer mais em casa e pensei, com o livro na cabeça, nada acontece por acaso, vou para Miguel Pereira.
Ao chegar na cidade, liguei para senhora e ela tinha tido um contratempo e só poderia me atender talvez no dia seguinte ou no outro. Como nada acontece por acaso, olhei para o Luiz, que era um iluminado e tranquilo e disse: e agora? Estávamos sem almoço e em frente a um supermercado. A resposta dele foi: "Tem tempo que você não faz um fettuccine a parisiense..." Entramos no mercado e compramos os ingredientes. Próximo passo, sentar no botequim e tomar uma para recuperar o fôlego para uma viagem de "cata-corno" até Avelar. No bar acabamos conhecendo um veterinário, que tinha cuidado das vacas do meu cunhado, que já não as tinha mais. Conversamos, bebemos e ganhamos uma carona de 15 km.
Cheguei na minha irmã, só a empregada em casa, comecei a preparar o jantar e já estava bem adiantada, quando minha irmã ligou. Tinha vindo ao Rio porque estava grávida, o que ninguém sabia, e tivera um sangramento. O médico a mandara vir imediatamente e ao chegar constatara um aborto espontâneo e precisaria fazer uma curetagem no dia seguinte. Era ótimo que eu estivesse na casa, pois as duas meninas nunca tinham ficado sem a mãe, até então. E eram super apegadas. Eu também iria ajudar, então, no início da preparação dos docinhos no dia seguinte. Tranquilizei-a dizendo para confiar que NADA ACONTECE POR ACASO. Daríamos conta.
Bem, meu cunhado chegou com as crianças, meu marido que as adorava, virou a babá de plantão, título que ficou para sempre, pois as crianças sempre ficavam a sua volta. Eu terminei o jantar, meu cunhado se sentiu mais amparado, pois também nunca tinha ficado sozinho com elas por tanto tempo. Deu tão certo que as meninas nem perguntaram pela mãe. Acordaram pela manhã, brincaram e se arrumaram para a escola com o Luiz. Meu cunhado trabalhou e levou as meninas para a escola bem tranquilo. Eu comecei os doces, minha irmã chegou bem e só depois de tudo resolvido foi que consegui agendar com a senhora, não me recordo seu nome, e acabei dando uma entrevista em um programa de rádio, que ela tinha um bom contato. Foi bom também para os negócios. Bem, depois disso, a senhora que se cadastrou nunca mais fez parte dos negócios e sumiu, literalmente.
A festa correu às mil maravilhas e minha irmã engravidou novamente da maravilhosa Sofia, minha Fofy, minha primeira afilhada e grande amor da minha vida.
NADA ACONTECE POR ACASO, principalmente quando acreditamos nisto.

Um comentário:

  1. Linda história! Realmente, nada acontece por acaso. Até mesmo a perda do bebê. Na hora, a pessoa fica triste, claro, mas depois as coisas nos aparecem com mais clareza. Parabéns pelo blog!

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